24 dezembro, 2014

Cambodja/Bangkok/Night Train to Surat Thani

O último dia em Siem Reap não foi nada de extraordinário. Não há muito para ver ali para além de templos e as tribos do lago por isso no último dia limitamo-nos a fazer mais shopping e passear pelo centro da cidade. Fomos constantemente albarroados por pessoas a tentar vender coisas ou a pedir dinheiro para isto e para aquilo. O ar é de desespero o que me deu imensa pena. Eles fazem imenso dinheiro com o turismo mas quem dá a cara não recebe quase nada, são completamente explorados. O meu irmão conheceu uma moça muito linda e querida que lhe vendeu um quadro e ficou tão feliz por isso e por nos conhecer que me abraçou e parecia não querer largar, só o fez a mim pois as mulheres não tocam em homens sem autorização, linda ela!

A Glorinha depois do almoço fez uma massagem aos pés com peixes e perguntou ao rapaz que lhe vendeu a massagem quanto ele ganhava por mês - pasmem - 70$. Perguntou-lhe ainda se lhe desse uma gorjeta se ele ficava com o dinheiro e ele disse que não tinha que entregar tudo ao patrão. Pobres almas...

No final do dia voltamos a Bangkok. Chegamos só a tempo de tomar um banho e dormir..
De manhã depois do peq. almoço íamos comprar os bilhetes para Krabi e tínhamos tudo pensado íamos à estação de comboios e tratavamos de tudo.. Ao sair do hotel fomos burlados pelos vigaristas dos Tuk Tuk.. Um deles disse-nos que as bilheteiras estavam fechadas na estação e que nos levava a um posto de turismo para o fazermos. Burros e mesmo a saber das trafulhices desta gente acreditamos e fomos.. Tudo normal compramos os bilhetes e não ficou muito caro de acordo com o que tínhamos visto na net e já inclui o bilhete de barco para Ko Lanta a ilha onde decidimos ficar..
Demos mais uma voltita pela Chinatown - de loucos e voltamos ao hotel.

Depois de nos despedirmos da Pixelina que fica mais um dia em Bangkok e terça já volta para Portugal fomos de táxi até à estação de comboios. Aí é que nos apercebemos da burrada que tínhamos feito de manhã, o taxista explicou-nos como funcionava esse esquema e disse-nos que apesar de o bilhete parecer original era melhor irmos à bilheteira e confirmar se os bilhetes correspondiam ao que tínhamos pedido.
À entrada da estação disseram-nos que sim estava tudo conforme - Ufa - mas de facto as bilheteiras estavam abertas...
O preço era mais barato mas também não muito mais pelo que ficamos descansados por não termos sido altamente enganados..
Ao nos aproximarmos do comboio é que o meu irmão teve um pequeno colapso e já queria ir alterar o bilhete para 1ª classe.. Ficou mesmo de trombas credo, estava quase a chatear-me com ele.. O comboio é velho, muito, e não tem cabines individuais é um corredor com bancos de um lado e do outro e em cima tem as camas. Ele achava que pelo menos 1 de nós ia fazer a viagem sentado. Não se viam estrangeiros só gente local, ele já dizia que não ia dormir com medo de ser roubado... A sério só visto... Só acalmou quando começou a ver outros estrangeiros a chegar e percebeu dentro do comboio que os bancos eram rebatíveis...
Rimo-nos bastante depois disto tudo...
Agora vamos deitadinhos nas nossas camas, até bastante confortável, apesar de velho e sem grandes condições - pelo menos já dormi em lugares bem piores - a Glorinha e o meu irmão vão a ler e eu estou aqui na escrita. Temos para além de estrangeiros e alguns locais 2 monges budistas mesmo atrás do nosso lugar, a ver se dá sorte ;-)