02 abril, 2009

"Calas-me a voz, voz do olhar
Sinto que o tempo, tarda em chegar
Distante ausente, sinto apertar
O peito ardente por te encontrar
Na minha alma, que anseia urgente
Pelo momento de ter-te presente
P'lo infinito estendo os meus olhos
Num mar de mil desejos, aguarda-te ao chegar

Encho a minha taça vazia com perfumes de poesia
Bebo a saudade amarga e fria e então adormeço ao luar

Calas-me a voz, p'ra lá do tempo
Estrelas que caem por um lamento
Espuma na areia solta no vento
O meu silêncio meu sentimento
Em minha alma que chora vazia
Por um momento se acende a magia
P'lo infinito estende o meu sorriso
Num mar azul de sonhos, acorda-me ao chegar

Encho a minha taça ardente, com incenso doce e quente
Sirvo de beber a alegria que sinto ao ver-te a chegar

Calas-me a voz...

Em minha alma que chora vazia
Por um momento se acende a magia
P'lo infinito estende os meus olhos
Um mar de mil desejos aguarda-te ao chegar

Aguarda-te ao chegar"

Ana Moura
O que se sente quando a solidão de um abraço aperta, quando a solidão de um beijo ainda se sente e tudo o que se rodeia são lembranças, simplesmente lembranças...
Sente-se a falta de quem ainda não sabe, de quem ainda não se sabe, mas que num mar de mil desejos se aguarda chegar...
Breve minha flor, meu universo!