24 fevereiro, 2008

É tudo tão bom e surpreendente que parece sonho!
Quando veio,
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
"Não partas nunca mais"
E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu
Abraçou-me
Como se abraça o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais
E parou,
Cantou contra o meu peito,
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais
Pedro Abrunhosa